Maria Apparecida Fernandes Vieira Pinto

Maria Apparecida Fernandes (Maria Apparecida Fernandes Vieira Pinto) é mais conhecida como Maria Aparecida, e seu nome também é encontrado mencionado como Maria Fernandes, Cida Fernandes ou apenas Dona Maria. Casou-se com Álvaro Vieira Pinto em 1964, vivendo juntos até o final da vida. Juntos, trabalharam no ISEB e partiram em exílio para a Iugoslávia, o Chile e no Brasil, após o retorno de ambos. Foi funcionária do Ministério da Educação e Cultura e secretária do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), sendo a primeira funcionária do Instituto. Escriturária, datilógrafa e secretária de excelência, foi quem datilografou diversas obras de Álvaro Vieira Pinto.

Pesquisas sobre Maria Apparecida

  • GONZATTO, R. F.; CAMPAGNARO, S.; EGGERT, E. Maria Apparecida Fernandes Vieira Pinto, escriturária e exilada política: hermenêutica feminista de rastros biográficos. Práxis Educativa, [S. l.], v. 19, p. 1–29, 2024. DOI: 10.5212/PraxEduc.v.19.23300.082. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/praxiseducativa/article/view/23300

Alguns trechos e citações sobre Maria Apparecida

  • “Maria Apparecida Fernandes Vieira Pinto (Rio de Janeiro, 9/2/1911-18/10/1997) foi servidora pública do Rio de Janeiro, destacando-se pela sua carreira como escriturária e oficial administrativa. Trabalhou no Departamento Nacional de Saúde Pública, no Ministério da Educação e Saúde Pública, e no Ministério da Educação e Cultura(MEC). Foi secretária geral (1955-1964) do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), onde atuou até o encerramento do órgão, com o Golpe Civil-Militar de 1964. Sofreu perseguição política da Ditadura. Casou-secom Álvaro Borges Vieira Pinto e saiu do país em exílio, primeiro na Iugoslávia (1964-1965) e, depois, no Chile (1965-1967), onde conviveu com outras exiladas/dos. Ao voltar ao Brasil (1967), viveu no Rio de Janeiro com o seu marido, condicionados a um afastamento da vida pública e acadêmica. Trabalhou na datilografia de traduções e obras filosóficas de Vieira Pinto, além de dedicar-se a cuidar dasaúde dele. Apenas depois da sua Anistia (1980), conseguiu recuperar seu cargo e aposentar-se.” (GONZATTO, CAMPAGNARO, EGGERT, 2024, p. 2)
  • “Em 12 de junho de 1964, [Álvaro Vieira Pinto] casou-se com Maria Aparecida Fernandes, que passou a ser chamada pelo mesmo nome, acrescido de Vieira Pinto. (…) Segundo parentes mais próximos, o casamento foi oficializado com separação de bens, em virtude da idade dos nubentes, acima dos cinquenta e cinco anos, antes de Álvaro sair do país às pressas. Segundo o que apuramos junto aos seus parentes, a decisão de casar deveu-se aos fato de ambos se sentirem mais em segurança, quando das adversidades que iriam passar no exílio, e a busca de um apoio legal útil frente à mudança radical de vida devido à perseguição militar que sofriam. Assim que se realizou o matrimônio, imediatamente abandonaram o país. Desse casamento não houve descendência.” (FÁVERI, 2014, p.94, adição nossa)
  • “Ela, recordando com entusiasmo seu trabalho no ISEB, do qual foi a primeira funcionária, responsabilizando-se pelos serviços de secretaria. Foi lá que ela conheceu Vieira Pinto, com quem – afirma agora amorosamente – ela implicava porque era quem mais lhe dava trabalho; aparecia freqüentemente com longos manuscritos para ela datilografar.” (SAVIANI, 1982 In. VIEIRA PINTO, 2010, p.12)

Elaborado por Rodrigo Freese Gonzatto.

Primeira versão desta página: 8 maio 2015.
Atualizado em: 28 março 2023.
Última atualização: 08 agosto 2024.