Elaborado por Rodrigo Freese Gonzatto.
Maria Aparecida Fernandes (Maria Apparecida Fernandes Vieira Pinto) trabalhou na secretaria do ISEB, sendo a primeira funcionária do Instituto. Tinha como irmã Lourdes Fernandes, e casou-se com Álvaro Vieira Pinto, com quem viveu até o falecimento deste.
Esta cronologia biográfica se baseia em uma compilação de trechos das seguintes obras:
- CÔRTES, Norma. Esperança e democracia: as idéias de Álvaro Vieira Pinto. Rio de Janeiro: Iuperj; Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003. [especialmente do capítulo ‘Nota biográfica’, p.315-324]
- FÁVERI, José Ernesto de. Álvaro Vieira Pinto: contribuições à educação libertadora de Paulo Freire. São Paulo: LiberArs, 2014. [especialmente do capítulo ‘A “biobibliografia” de Álvaro Vieira Pinto’, p.93-105]
- VIEIRA PINTO, Álvaro. Sete lições sobre educação de adultos. São Paulo: Cortez, 2010. [especialmente o capítulo “Introdução” de Demerval Saviani que inclui duas entrevistas de Álvaro Vieira Pinto, cedidas a Demerval Saviani e Betty Oliveira]
E dos seguintes documentos:
- Documento do DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO DO PESSOAL CIVIL PROCESSO N.o 6.054/68 (de 16 de fevereiro de 1971), disponibilizado no site da Biblioteca Digital da FGV: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/viewFile/36467/35236 [cópia digital em PDF do documento disponível aqui]
Seguem fichamentos onde aparecem citações e menções a Maria Apparecida Fernandes.
????-???? Trabalho como secretária do ISEB
- Era funcionária do Ministério da Educação e Cultura (texto nosso, segundo informações do documento do DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO DO PESSOAL CIVIL PROCESSO, 1971)
- “Essa relação [entre Maria e Álvaro] iniciou-se no ISEB, onde ela ocupava o cargo de secretária, desde sua criação junto com a irmã Lourdes que era escrituária do mesmo órgão.” (FÁVERI, 2014, p.94, adição nossa)
- “Ela, recordando com entusiasmo seu trabalho no ISEB, do qual foi a primeira funcionária, responsabilizando-se pelos serviços de secretaria. Foi lá que ela conheceu Vieira Pinto, com quem – afirma agora amorosamente – ela implicava porque era quem mais lhe dava trabalho; aparecia freqüentemente com longos manuscritos para ela datilografar.” (Dermeval Saviani, 1982 In. VIEIRA PINTO, 2010, p.12)
1964 Casamento com Álvaro Vieira Pinto
- “Em 12 de junho de 1964, [Álvaro Vieira Pinto] casou-se com Maria Aparecida Fernandes, que passou a ser chamada pelo mesmo nome, acrescido de Vieira Pinto. (…) Segundo parentes mais próximos, o casamento foi oficializado com separação de bens, em virtude da idade dos nubentes, acima dos cinquenta e cinco anos, antes de Álvaro sair do país às pressas. Segundo o que apuramos junto aos seus parentes, a decisão de casar deveu-se aos fato de ambos se sentirem mais em segurança, quando das adversidades que iriam passar no exílio, e a busca de um apoio legal útil frente à mudança radical de vida devido à perseguição militar que sofriam. Assim que se realizou o matrimônio, imediatamente abandonaram o país. Desse casamento não houve descendência.” (FÁVERI, 2014, p.94, adição nossa)
1964 Refúgio em Minas Gerais e exílio na Iugoslávia
- Não compareceu mais ao serviço no ISEB desde 24 de julho de 1964 (texto nosso, segundo informações do documento do DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO DO PESSOAL CIVIL PROCESSO, 1971)
- “Cassado, Vieira se refugia. Em companhia de sua esposa, D. Maria, esconde-se no interior de Minas Gerais. (…) Em setembro de 1964, ajudado novamente por Ênio Silveira, pediu formalmente asilo à Iugoslávia.” (Ênio Silveira apud CÔRTES, 2003, p.322)
- Foi para a Europa (para a Iugoslávia) no dia 8 de agosto de 1964. (texto nosso, segundo informações do documento do DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO DO PESSOAL CIVIL PROCESSO, 1971)
1965 Ida pra exílio no Chile
1968-… Retorno ao Brasil
- Retornou ao ao Brasil, com Álvaro Borges Vieira Pinto, no dia 8 de setembro de 1967 (texto nosso, segundo informações do documento do DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO DO PESSOAL CIVIL PROCESSO, 1971)
- “Mas envolve-se com o mesmo entusiasmo [da época do ISEB] nas tarefas do presente, datilografando os manuscritos e se propondo a registrar os “insights” do marido para eventuais publicações posteriores.” (Dermeval Saviani, 1982 In. VIEIRA PINTO, 2010, p.12)
Informações de arquivos de processos judiciais
Mais informações em: Diário Oficial
2012