Ensaio sobre a dinâmica na cosmologia de Platão

Ensaio sobre a dinâmica na cosmologia de Platão
Tese, 1949

VIEIRA PINTO, Álvaro. Ensaio sobre a Dinâmica na Cosmologia de Platão. (Tese para a Cátedra de História da Filosofia) Rio de Janeiro: Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, 1949.

 

Sobre a obra:

  • “Cf. VIEIRA PINTO, 1949, p. 10-35. A tese, embora, concluída e impressa (datilografada) com data de maio de 1949, foi defendida em 1950.” (MORAES AUGUSTO, 2009/10, p.115 *em nota de rodapé)
  • “Além da influência do Pe. Maurílio T. L. Penido e da amizade com o físico Plínio Susekind Rocha, Vieira Pinto conviveu com os professores Émile Bréhier, que foi professor da UDF [Universidade do Distrito Federal], e René Poirier, que foi responsável pela cadeira de História da Filosofia na FNFi, com quem pode discutir a hipótese central de sua tese de cátedra: de que na concepção de phýsis, exposta no Timeu e nas Leis já está contido o princípio da inércia, incluído na estrutura de seu “sistema de Natureza”.” (MORAES AUGUSTO, 2009/10, p.115, adição nossa)
  • “No prefácio da tese de cátedra, relata sua estadia de um ano em Paris, agradecendo a Émile Bréhier pelo convívio e pelas discussões acerca do texto, e a Pierre Maxime Schuhl pelo convite que lhe foi feito por ele para “ocupar a cátedra de Filosofia Grega da Sorbonne, que as suas lições tanto ilustram, para expor aos seus alunos as ideias contidas nesta dissertação” e que “pela leitura dos fragmentos do escrito e pelo debate pessoal as julgou dignas de serem divulgadas”, daí que “neste agradecimento se envolve a gratidão de que nos tocou a gentileza de sua crítica erudita, tanto a particular como a que teceu no seminário de debates originados em torno das concepções aqui apresentadas.” (MORAES AUGUSTO, 2009/10, p.115-116)
  • “Vieira viaja para a Europa onde permanece durante um ano estudando na Sorbonne. Em contato com o ambiente filosófico europeu do pós-guerra, prepara o seu ensaio sobre o Timeu de Platão (tese posteriormente apresentada no concurso para a cátedra de filosofia). Este ensaio foi discutido e aprovado por vários helenistas consagrados e à primeira vista trata de uma questão técnica a respeito da passagem 43b do Timeu, propondo uma tradução mais adequada ao trecho original. Ela se inscreve na tradição da escola histórica alemã e está filiada às tentativas heideggerianas de estabelecer uma linguagem mais fidedigna do texto filosófico relativo ao seu contexto histórico.” (CÔRTES, 2003, p.318)
  • “Na França fiquei quase um ano estudando; aí eu já tinha em mente o tema da minha tese, para defesa da cátedra na Faculdade de Filosofia na volta. Foi a tese sobre a cosmologia de Platão. Dei duas conferências sobre essa tese lá em Paris que foi discutida, muito comentada. Recolhi material e com isso fiz o meu trabalho aqui no Brasil para apresentá-lo na Faculdade [Nacional de Filosofia].” (Álvaro Vieira Pinto em entrevista concedida a Dermeval Saviani, 1981 In: VIEIRA PINTO, 2010, p.14-15, adição nossa)
  • “Ao retornar em 1950, torna-se o titular da cadeira de História da Filosofia da FNFi. Sua longa tese de livre-docência, Ensaio sobre a dinâmica na cosmologia de Platão, dedicada a San Thiago Dantas, deu origem a pequeno trabalho especial publicado na Revue des Études Grecques, e foi aprovada em grau máximo pela banca examinadora formada pelos seguintes professores: Nilton Campos, Leandro Ratsibona, Lívio Teixeira, José Barreto Leite e frei Damião Berge.” (CÔRTES, 2003, p.318)
  • “A tese, obra ainda inédita sobre o estudo da cosmologia de Platão, recebeu o título “Ensaio sobre a dinâmica na cosmologia de Platão”. (…) Segundo comentários de ex-alunos e estudiosos, ao apresentar este estudo à banca para obter o título de professor catedrático, seus componentes apenas limitaram-se a fazer alguns comentários sobre a pesquisa realizada por ele, por considerarem que não havia necessidade de arguir o candidato. Esse estudo sobre Platão foi muito discutido na França porque, lá, Álvaro proferiu conferências e suscitou debates sobre tal temática.” (FÁVERI, 2014, p.96)